terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Que comece a Copa do Brasil

Particularmente, eu adoro a Copa do Brasil. A democracia, o mata-mata, a pressão de cada fase eliminatória, a necessidade infinita de marcar sempre - mais lá do que cá, até. Assumo que sou fã da competição e seu singular charme de promover improváveis encontros entre os pequenos e os "quase grandes". E, de vez em quando - quando não está na Libertadores - o Flamengo, o Maior de todos!


Caberá ao alagoano Murici, do simpático Presidente rubro-negro Geraldo Amorim e atual campeão estadual, fazer as honras da casa e recepcionar o Mais Querido do Mundo em sua estreia da Copa do Brasil 2011.


Foto: Reprodução / TV GloboOs alagoanos estão alvoroçadíssimos com a presença do estrelar elenco rubro-negro na Terra dos Marechais e a paixão nordestina pelo Flamengo certamente tomará de assalto o Estádio Rei Pelé nesta noite (só no treino foram quatro mil apaixonados). Ninguém duvida da grande festa das arquibancadas nem tão pouco da superioridade do Mengão. Aliás, a torcida tem mais é que fazer festa mesmo. Já a delegação é melhor manter o foco. Lembrem-se: só nos interessa o topo das tabelas! Então, oba-oba é só com a Nação, ok?

São no máximo 12 jogos para carimbar o passaporte que nos permitirá trilhar, mais uma vez, o desejado caminho rumo à conquista das Américas. Dos "quase grandes" a que me referi, o primeiro deles (aquele que ao som da "dança da bundinha" adora virar galinha no Maracanã) só cruzaria nosso caminho nas quartas de final. Isso se as zebras - animais adoráveis, famosos por marcar presença nesta charmosa competição - não nos fizerem o favor de mandá-los para casa antes do vexame que seria nos enfrentar entrosados e bem armados. Ou seja, com trabalho e seriedade, esse objetivo pode ser alcançado, sim.


O que falar do Murici? Desbancaram o CSA e o CRB no alagoano e querem avançar o máximo possível em sua primeira Copa do Brasil. Como já estamos acostumados, será mais um time a entrar em campo pensando: "vamos pra cima, o que temos a perder? o favoritismo é deles!", e coisas parecidas. Aquela velha coisa de "crescer contra o Flamengo". Podemos não estar com o time 100% arrumado, mas temos categoria, qualidade e inteligência de sobra para fazer essa lição de casa e ainda aproveitar para incrementar o entrosamento para a semifinal do Carioca. Seriedade, minha gente, não me canso de repetir. É assim que 2011 será nosso.


Fonte: Álbum "100 Anos de Futebol do Mengão" do Joviano Lopes no Facebook

Fonte: Álbum "100 Anos de Futebol do Mengão" do Joviano Lopes no Facebook 

Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não tem folga para a Paixão!

Perdi num incidente doméstico o exemplar de "Flamengo é puro amor" que ficava na mesinha de cabeceira e funcionava como uma dose diária de Flamenguice. Fiquei temporariamente órfã do lirismo de Zé Lins, um de meus favoritos. Decidi, por conta disso, revisitar as três partes da nossa entrevista com Roberto Assaf. Rubronegrismo puro e aplicado, aliás, imperativo a todo aquele que ama O Mais Querido. Com tanta renovação, o velho Luxa bem que podia passar esses vídeos para alinhar o espírito do nosso scratch, sejam os garotos ou os marmanjos. Eles precisam saber exatamente o quanto de história eles carregam ao entrar em campo com oCRF no peito. Porque nós, aqui da arquibancada, nunca esquecemos.


Porque você e eu, de coração, corpo e alma Flamengos, não precisamos de dia de jogo ou de vitória para exibir o Manto. Precisamos só existir, só respirar, ou melhor, só inspirar. Porque o rubro negro não respira, inspira. Acorda inspirado e parte sem medo pro abraço no batente de todo dia. Hoje é quarta-feira e não tem jogo do Mengão. Folga providencial para ajustar a zaga (remontar ou reforçar deveriam ser as palavras usadas aqui, mas é mera utopia no curto prazo), retrabalhar a armação da equipe (um tanto bagunçada com a entrada das estrelas e a subsequente e já esperada falta de entrosamento da equipe com eles) e seguir ajustando o foco para o topo das tabelas. Enquanto eles trabalham lá, nós seguimos daqui, urubuzando. Acompanhando cada detalhe, respirando ansiedade com a promessa de uma grande temporada.


Porque é isso que fazemos
É para isso que vivemos
Para respirar Flamengo não importa o dia
Para apoiar o Mengo na tristeza ou na alegria
Não temos escolha,
E se tivéssemos, nada mudaria.
O Flamengo que é o maior do mundo
O Flamengo que é maior que tudo
Não merece sentimento menor.
Não merece mesquinharia.
Só serve o amor total,
"Amar, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante"*

E tentar ser humano por inteiro
Sem viver tal deferência
Sem morrer de gritar Mengo
É desperdiçar toda uma existência.

*Com licença do Poetinha.

Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Rolo Compressor pra cima deles!

Eis que vai chegando ao fim a primeira etapa do Carioquinha. No jogo de hoje o mando de campo é do Boavista mas parece que nossa nova casa é mesmo Macaé. Sem saber se o gramado do Engenhão vai resistir muito tempo à maratona de jogos e sabendo que o público não adotou o Estádio Olímpico, Luxa deve optar por assumir o Cláudio Moacyr como casa do Mengão. O torcedor carioca fica meio prejudicado mas a Nação é fiel (de verdade, não como umas e outras torcidelas por aí) e vai comparecer onde quer que o Mengão precise dela. É só dizer dia e hora que a Magnética se faz presente.


Graças ao Nova Iguaçu, a fase de grupos da Taça Guanabara não foi totalmente sem graça. E o time bem armado da terra do nosso querido @fabiojusttino nos deu dicas preciosas de como nossos adversários mais atentos deverão se comportar para tentar anular Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves: contra um ataque que inspira cuidado, o Nova Iguaçu jogou no contra-ataque e obviamente optou pela marcação individual nos dois craques, sempre. Não duvido que essa seja a estratégia de 99% dos nossos adversários esse ano. A princípio, com a falta de entrosamento e a marcação cerrada nos dois além da inoperância do Deivid o esquema 4-2-3-1 de Luxa perde força e se torna um frágil incógnita à la 4-2-1+?-?. Talvez ganhemos robustez com a volta de Renato para o meio, mas voltamos a nos expor pela esquerda com a ineficiência de Egídio. Luxa segue brincando de quebra-cabeça e eu sigo aqui tonta com as possibilidades.


O Boavista vem completo com exceção do Erick Flores (limitações contratuais). Vem de uma derrota para o Resende mas está cheio de vontade de roubar a vaga do próprio Resende na semifinal da Taça Guanabara. Nós entraremos em campo sem as preciosas opções de Bottinelli e Wanderley. A escalação deve ser Escalação: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Willians, Maldonado, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid. A nosso favor, o clima de tranquilidade oriundo dos 100% de aproveitamento, o manto pesando cada vez menos nos ombros de Thiago Neves e a vontade nos olhos de Ronaldinho de mostrar serviço. Temos que seguir com a evolução abusando do tripé seriedade x comprometimento x humildade. Salto alto não ajuda nunca e tenho certeza de que, sem ele, essa equipe fantástica deslancha em muito pouco tempo. Rolo compressor pra cima do Ex-Barreira hoje!


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.