quinta-feira, 30 de junho de 2011

Xô Uruca!

Invencibilidade a parte, parece que finalmente superamos a uruca de empates no Mengão. Tá bom, não era bem uruca, tratava-se mais da própria incompetência, mas junto com o 4-2-3-1, aparentemente enterramos a incômoda e indesejável fase de empates do início do Brasileirão. Lançando mão do bom e velho 4-4-2 que no decorrer das duas últimas partidas vira um efetivo 4-3-3, Vanderlei Luxemburgo aparentemente vai acertando a equipe.


Pontos positivos:


- Junior Cesar se firmando no time e dando tranqüilidade na esquerda;


- A posição de primeiro volante devidamente firmada pelo jovem Luiz Antônio enquanto esperamos a estreia do Airton;


- “Deivid, o Injustiçado” vem melhorando seu posicionamento e, consequentemente, seu desempenho. A propósito, não adianta xingar a torcida, meu caro. Faça a sua parte e siga a vida. Não quer pressão? Fica no PlayStation, ok?


- A entrada de Bottinelli no lugar do amarelado Willians foi fundamental para a virada. Acho que ouvi a torcida gritando “burro” das arquibancadas para a substituição. Eu, no entanto, achei a mudança realmente uma jogada inteligente do Luxa. Além da participação do armador ter sido primorosa com dois chutes e um passe sensacionais em pouco mais de 15 minutos, estávamos com um a mais e a saída do Willians nos economizou uma expulsão (que fatalmente aconteceria se considerarmos os critérios de compensação adotados pela arbitragem) e garantiu a participação do volante no jogo contra o São Paulo.


Pontos Negativos:


- Léo Moura não acompanha a evolução do entrosamento da equipe. Não mostra a mesma motivação do resto do grupo, se enfia demais pelo meio abandonando a lateral e, para piorar só se apresenta quando o time mostra alguma tranquilidade no placar, ou seja, quase não apareceu no Brasileirão. Parece que não quer despentear o moicano. Até quando, meu senhor?
- Também não dá para falar de ponto negativo e não chover no molhado. A zaga rubro-negra é uma piada, para não dizer uma “comédia pastelão” ou um “drama shakespeareano” daqueles em cujo final a morte é certa. Wellington tentou com empenho, mas falhou em fazer seu gol contra. Angelim é infinitamente melhor do que David Braz, mas é lento e não pode jogar sozinho para compensar a deficiência técnica do Wellington. Sigo confiante, mas não posso negar que tenho sérias dúvidas se a chegada de Airton vai atenuar essa situação.


Mas como eu disse no início, o conjunto evoluiu. Ronaldinho passou misteriosamente a funcionar. Tanto ele quanto Thiago Neves podem resolver uma partida. A diferença entre os dois é que, aparentemente, Ronaldinho é a referência para a equipe. Se Thiago está bem ou mal o grupo praticamente não sente, mas o mesmo não se aplica ao Dentuço. Essa dependência me assusta um pouco, mas por hora, vou deixar quieto.


Nota: Publicado Originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

Mengão Ecologicamente Incorreto

Na ressaca da goleada do último sábado sobre o patético galeto mineiro, acabei anotando erroneamente na minha agenda a data do atropelamento da coelhada. No aquecimento para o jogo que me caberia escrever aqui no Magia, eu pensei em falar que um time que é xará do Mequinha, simpatia carioca, e que ainda assume um codinome de tamanha fofura, não assusta bicho algum que não seja aqueles dos currais da terra do pão de queijo. Ou seja, o coelho só serve mesmo pra mordiscar o orgulho de galos e raposas mutualmente domesticados e não seria o Urubu, reconhecida potência dos gramados tanto cariocas quanto brasileiros, latino-americanos e mundiais, que se intimidaria com a "fofice" do anfitrião desta sétima rodada.


Dormi demais e perdi a chance de destilar meu veneno veterinário ontem. Mas venho aqui hoje registrar minha óbvia satisfação com os massacres ecologicamente incorretos destes últimos dias. O único inconveniente deste sucesso rubro-negro é a praga de focas rubro-negras que se espalhou pelas arquibas deste Brasil varonil. Aliás, o atual grande desafio da Nação em 2011 é achar o equilíbrio entre o exercício da cornetagem radical e a síndrome da foca deslumbrada.


Já ouvi e já li de tudo. Sigo impressionada com o imediatismo de uma parcela considerável da Nação. Já posso prever ondas de ira contra os xingamentos de "Deivid, O Injustiçado" e o surgimento de odes de amor eterno para "Ronaldinho, O Fanfarrão". Tudo faz parte do fascinante mundo do bom e velho futebol moderno. Amor e ódio sempre de mãos dadas. E tudo isso com a intensidade apaixonada digna de qualquer cenário que envolva O Mais Querido. O que não podemos esquecer nunca é que tudo muda sempre. O que não muda e não pode mudar, é que o Flamengo deve estar sempre acima de tudo.



Se o que estamos vendo estiver realmente acontecendo, estamos finalmente evoluindo. No meio ganhamos alguma robustez. Na frente segue a roleta russa dos atacantes. De qualquer forma, é visível que estamos finalmente encontrando a formação ideal do time, mas também é risível a fragilidade da nossa zaga. Aguardemos Airton, que tem sua vaga de primeiro volante bem aquecida pelo jovem Luiz Antonio, mas que tampouco resolverá a patetice de Wellington, que segue tentando marcar seu golzinho contra a todo e cada jogo do Mengão. Até quando, minha gente? Até quando? Encerro deixando uma pergunta, quem sabe uma reflexão: Léo Moura é o novo Juan? Diz aê. ;o)


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Patético Galeto de Minas

E lá vamos nós para mais um exercício de positividade rumo à próxima peleja. Entretanto, por mais difícil que se mostre acreditar que vamos sair dessa pindaíba moral que, tal qual areia movediça, tenta inibir nossa reação, os adversários estão sempre assinando um recibinho de freguesia. Assim é muito fácil, minha gente! Além do nosso próprio jeito superior de ser, ainda teremos sempre um pseudo-rival corroborando nossa supremacia.


Nem dá para considerar o tal galeto mineiro um rival do Flamengo. Para isso, os caras teriam que sumir, realizar uma nova fundação e, a partir de então, manter-se na primeira divisão. Não sei por que escrevi isso uma vez que aqui acabaria a discussão e o propósito de um texto de aquecimento para a rodada desde sábado. Mas como estou de bom humor, vou dedicar mais algumas linhas a esses recalcados jogadores de par ou ímpar da terra do pão de queijo. Só se esquecem que a parada aqui futebol de alta qualidade e aí o galeto vira pintinho de vez. Para sair dessa pífia rotina de clássicos locais e um ou outro vislumbre do resto do mundo, os torcedores desse galeto insosso adoram lembrar-se do passado distante, de um craque único e de um também único título consolar-se. Convenientemente adoram esquecer-se que galeto que se aventura em "terreiro" de gente grande, como o Brasileirão, acaba desossado.


Não preciso nem voltar a 1980 para gargalhar dessa patética ousadia de nivelar-se aO Mais Querido. Dia desses, em 2009, Petkovic & Cia fizeram o tal galo virar galinha no caminho de mais um título no Campeonato Brasileiro, título que o esse galeto de segunda não vê desde 71. Só me faz rir o desespero dos galetinhos em agarrar-se a uma ou outra vitória sobre o Mengão para alegarem que podem fazer frente a um Hexa-Campeão.


Mas comigo essa não cola e digo mais: com mando de campo rubro-negro, quem canta de galo é o Flamengo. Alguém duvida?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sacundindo a Poeira

A coisa tá complicada, minha gente. De desanimar até a mais otimista das Polyannas e transformar qualquer torcedor “malinha” em corneta, da categoria vuvuzela. Entretanto, além do rubronegrismo que nos enche o espírito, o que me inspira a sacudir a poeira, limpar os olhos e caçar a tal luz no fim do túnel é o circo pegando fogando que o resto do mundo quer ver no Mengão. “Não vai ser na minha gestão”, como costuma dizer uma amiga também rubro-negra.


Torcedores já pedem a cabeça do Luxa e especulam substitutos, disponíveis ou não. O estrategista realmente não consegue arrumar o time. Não está claro se ele quer ou não a vinda de reforços (e que reforços) ou mesmo se ele quer ou não resultados mais imediatos. Em evento na Gávea em maio, eu mesma o ouvi dizer que queria levar o Flamengo à Libertadores. Melhor, que era um objetivo pessoal seu conquistar a Libertadores com o seu time do coração. Para isso acontecer, meu senhor, é melhor definir a estratégia e partir para a execução. Algumas coisas não podem mesmo entrar na conta do Luxa (como a contusão do Maldonado, por exemplo) mas a lista do que entra na lista de responsabilidades do “pofexô” é bem maior.


Pra começar, a postura. Um técnico não pode tirar o seu da reta. Se ele não puxa a responsablidade para si, perde a confiança do torcedor (e de omisso para se “burro” das arquibancadas é um suspiro). Se ele está insatisfeito com Ronaldinho, resolva com ele em treinos e reuniões, mas nunca mandando recado em coletivas. Outra coisa é acertar a porcaria da zaga. É impossível confiar em Wellington e David Braz dessa forma. E isso compromete todo o esquema tático preferido do próprio Luxa. O time é obrigado a recuar Renato e Willians e trazer ainda Junior Cesar e Léo Moura para a marcação. Os laterais não rendem. Quando conseguem avançar, em vez de abrirem para as pontas, caem para o meio. Para quê? Para serem mais dois na confusa meiuca central ou apenas mais dois a ficar de costas pro ataque porque as bolas não estão vindo das laterais? Resultado do esquema: um monte de gente ocupada na marcação e um monte de gente embolada no meio, facilitando a marcação adversária e sem criatividade no ataque. Agora me diz, como um time com Ronaldinho e Thiago Neves pode não ser criativo no ataque?


Não sei se é finalmente vontade de mudar ou se é apenas por conta das ausências obrigatórias de Willians e Bottinelli mas hoje o time já treinou com três zagueiros. Angelim voltou para a zaga (fim da era dos improvisos do Magro de Aço na esquerda, graças à Deus!), ao lado dos dois cones titulares e o jovem Luiz Antonio volta ao time, teoricamente, como primeiro volante – papel que deve ser assumido pelo Airton, confirmando-se sua volta. Se a inexperência ou o nervosismo não prejudicarem o jovem volante, teremos mais tranquilidade na defesa e, consequentemente, teremos os laterais liberados para avançarem como se espera deles. Só assim veremos se eles não estão funcionando porque o esquema atual não lhes favorece ou se são eles mesmos que estão fora de sintonia com o universo, seja por falta de entrosamento do recém chegado, ou falta de motivação do veterano.


Na frente, a ausência de Botti, substituído oportuna e taticamente por um primeiro volante, deve descongestionar o meio e deixar Ronaldo mais solto. Thiago Neves só precisa recuperar o foco. Diego Maurício perde a vez novamente para Wanderley. E essa roleta russa me incomoda demais porque não vejo critério nessa sequência interminável de tentativa-e-erro que o indeciso Luxa insiste em lançar mão no ataque. Mas se é o xará que ele quer, que ele o prepare decentemente e que possamos ver as explosões do moço acontecendo novamente em vez do atabalhoado que tem entrado em campo. Repetindo, enquanto não tivermos os laterais de volta como laterais (ou alas, como preferem alguns), o ataque ficará seriamente comprometido.


Em tempo: não vou ao estádio para vaiar, principalmente durante a partida. Mas Ronaldinho bem que merece um puxão de orelha. Se não for do Luxa, que seja do Veloso, da Patrícia ou do Papa. Numa avaliação profissional (como a que a maioria de nós pobres mortais sofremos anualmente) ele teria 10 em frequência, 10 em pontualidade e 5 em todo o resto. Suas farras não comprometem seus horários mas trabalho é trabalho, amigo. E Ronaldinho, infelizmente para o Flamengo, não está fazendo o dele.


Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Os Grandes do Barça

Da grandeza do Flamengo nunca duvidamos. E rubro-negro de corpo e alma Flamenga não tá nem aí se reconhecem isso ou não: nós sabemos que fazemos parte da história dO Maior e Mais Querido do Mundo, quer o resto do mundo saiba disso ou não!


Mas rola um papo por aí que um time catalão está praticamente à altura da Seleção Rubro-Negra de 1981: o Barcelona. Segundo boa parte dos admiradores do velho esporte bretão, seria este Barcelona o atual melhor time do mundo. Que seja. Somos o Maior e Mais Querido, mas - por mais que gostaríamos que assim fosse - não dá para ser o melhor o tempo todo.



Acontece que os catalães enfrentarão o Internacional de Porto Alegre pelas semifinais da Copa Audi 2011 e, ao referir-se ao adversário em seu site oficial, declarou haver no Brasil apenas "seis grandes times que dominam ou dominaram historicamente os campeonatos nacionais e internacionais" (em tradução livre) por aqui: São Paulo, Santos, Flamengo, Palmeiras e Grêmio, além do próprio Inter.


Uma vez difundida a publicação, perto do meio-dia de ontem (pelo horário europeu) começou uma gritaria generalizada internet afora. Gente que, à época da final da UEFA, babava os espanhóis e dizia que futebol bonito tinha que ser admirado e aplaudido, agora brada que os campeões europeus nada sabem de futebol ou do Brasil ou de física quântica.


Aqui no Rio, com exceção dos já soberbos rubro-negros, obviamente, estão todos ofendidíssimos com o tal descaso catalão. Dizem que se trata de um deslize, uma gafe sem precedentes. Sugiro que preparem um manifesto conjunto, único, a ser enviado aos responsáveis pelo site. Nele, apresentem as séries B e C do Brasileirão e os respectivos feitos de cada um deles na competição e exijam, assim, o reconhecimento de suas grandezas considerando o impacto para a economia brasileira no que se refere, principalmente, ao mercado de pó-de-arroz purpurinado, de faixas de vice-de-novo e de caixas de lenço de papel. Depois disso, meus pequenos, podem fazer o dever de casa e, só então, voltar para o PlayStation. Titia deixa.


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

sábado, 18 de junho de 2011

Meu Sparring Preferido

O momento não é dos melhores, não nego. Os mesmos erros se repetindo já há algum tempo - dentro e fora de campo, por jogadores e dirigentes - e pontos perdidos de bobeira. Mas se tem coisa nessa vida que é perfeita para fases onde estamos mais chateados ou mais desaminados ou mais qualquer coisa desfavorável, éssa coisa é sparring. Saca saco de areia? Bater em saco de areia melhora o astral de qualquer um. Confiem em mim, é uma sensação libertadora!


Dito isso, nada mais conveniente do que um adversário sparring neste domingo. Detonar a cachorrada. Eles só não são um saco de areia perfeito porque não perdem a mania de não apanharem calados e reclamam e choram e resmungam horrores e cada vez mais. Nem é preciso entrar no mérito dos números, do histórico dos confrontos, aliás, esse jogo deixou de ser confronto há pelo menos 11 anos (ok, falei, não resisti...) e, cá para nós, bem que perder a alcunha de clássico também.


A coisa tá tão complicada que já viramos um tabu pra cachorrada. Jogadores (os novos, os velhos e também os requentados), dirigentes e demais chorões, digo, torcedores não pensam em outra coisa: estão todos obcecados em acabar com essa fama de freguês. Como gosta de passar recibo, esse povo! Para melhorar, estão se achando demais: mais arrumadinhos, mais unidozinhos, mais praparadinhos, mais prontinhos. Que venham! Vai ser muito mais divertido assim!


Em tempo: 


1. Thiago neves afirma que está focado, sem seleção nem problemas pessoais. Diego Maurício deve começar (finalmente) titular. Só espero que ele não queria levar a bola pra casa. Hora de Junior Cesar começar a mostrar ritmo e serviço e de Léo Moura parar de jogar na sombra.


2. Só não vê quem não quer. Mas o Flamengo não é time para climão. Se o caldo tá desandando, que se resolva rápida e eficientemente dentro do clube. De corpo mole e busca de bodes espiatórios, o futebol brasileiro está cheio. No Flamengo isso é inadmissível!


3. Pra quem gosta de números: Em 2008 ficamos 13 rodadas entre os 3 primeiros e acabamos o campeonato fora da Libertadores. Em 2009, estávamos com os mesmos 6 pontos na quarta rodada e sabemos como terminou. Números são frios e cada um que interprete as estatísticas como bem quiser. Eu prefiro ser Flamengo sempre!


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

2011 com cara de 2010

Apesar da coluna no Bola só sair na quarta ou na quinta-feira, normalmente gosto de escrever no domingo à noite ou mesmo na segunda. Assim, coloco tudo o que quero falar “no papel” com o calor das emoções do fim do semana. Boas ou ruins. Depois volto e reviso com calma, tiro as injustiças, acerto o discurso e acrescento algo de relevante que venha dos bastidores entre segunda e quarta-feira. Mas dessa vez não deu. Não dava para escrever nada depois do jogo do último domingo. Dizer que foi uma exibição medíocre seria um elogio. Ganhamos o Carioquinha com apresentações medíocres. Empatar com o lanterna do Brasileirão (e ainda lhes deixar marcar o seu primeiro gol em 4 rodadas) foi muito menos do que medíocre.


Foi mais um jogo com a zaga batendo roupa, com os laterais fora de ritmo, com o meio de campo errando passes bobos e com o ataque inexistente. Pra economizar, podem ler a coluna da semana passada e piorar um pouco as performances de todos. O Felipe talvez esteja fora do esporro, porque evitou um resultado pior. Sigo aguardando a estreia do Gustavo e o retorno de Angelim aos gramados. Junior Cesar comprometeu sua estreia ao cometer a falta que resultou no gol. Thiago Neves parece ainda estar com a cabeça na seleção brasileira e ainda com um processo de uma ex no Paraná. E Deivid se acha o injustiçado do Brasil. Cruel, minha gente. Cruel.


Falta uma injeção de comprometimento e rubro-negrismo nesse povo. Sem exceção. Estamos de volta a 2010 sem liderança, sem vontade, achando que vamos ganhar todos os jogos daqui pra frente com uma jogada de mestre a qualquer momento. Isso é simplesmente inaceitável. E tem que ser resolvido lá, dentro da equipe. Ninguém ali é novato. Todos sabem exatamente o que deve ser feito mas ninguém faz. Corpo mole, para mim o pecado mortal do futebol, bem nas nossas fuças e nada acontece. Não sei o que Luxemburgo anda fazendo ou dizendo pros caras, mas definitivamente não está funcionando. Que ele não tenha o dom da motivação em suas preleções – por mais rubro-negro que seja – eu até entendo, mas não entendo que ele não consiga organizar um time de forma a tirar o melhor de cada um, que não consiga organizar um banco para que possa fazer modificações táticas sem interferir na qualidade do grupo. E lembro, com saudades, que os recursos que tínhamos no banco ajudaram e muito na campanha do Hexa-Campeonato.


No início do ano tínhamos a impressão de que 2011 seria o ano da virada do Flamengo em vários aspectos. Uma gestão com mais profissionalismo, a construção do CT, a volta da criação de estrelas em casa, a chegada de craques renomados. Aparentemente tudo certo para termos campanhas consistentes nos campos e contas equalizadas no clube. Não há explicação para o desandar desse caldo como estamos testemunhando agora. Quantas vezes é preciso repetir o clichê de cada um precisa fazer a parte? Temos 34 rodadas no Brasileirão e uma Copa Sulamericana para não fazer uma campanha medíocre mas isso tem que começar hoje. Não dá para esperar mais.


É preciso comprometimento dos jogadores. É preciso inteligência do técnico para transformar esse grupo disperso num time à altura de seus salários – o do técnico inclusive. É preciso afinco da presidente e sua diretoria para enxugar o elenco, trazer os reforços necessários e finalizar os contratos que o clube precisa enquanto ainda não estamos com a corda no pescoço. Não entendo essa apatia generalizada. Não entendo esse esquecimento geral de que o Flamengo deve estar sempre acima de tudo. Quem não pensa assim é só pedir a toalha. Janela tá aí pra isso mesmo.


Tem jogo importante domingo. Aliás, todo jogo no Brasileirão é importante (já perdemos 6 pontos que certamente farão falta em algum momento)! Hoje teve gol de bicicleta no treino e provocação da presidente. Teve envio de mais uma proposta para alguém que pode ou não chegar e teve um acordo louco que deixou que, apesar do mando de campo no clássico ser rubro-negro, a administração da venda de ingressos ficou com o Botafogo. O motivo? Também não entendo. Não consigo tirar da cabeça que poderíamos estar agora no G4 do campeonato e estamos aqui, com o “alerta ligado” e o coração na mão. Tem jeito? Tem, e repito: cada um fazer a sua parte pelo Flamengo, o Mais Querido, o Maior do Mundo. Inclusive a torcida. Vamos que vamos!


Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

sábado, 11 de junho de 2011

A Arte de Dominar os Ventos

Se tem um osso atravessado na nossa garganta, é esse tal Furacão. Cada vez que começo a rascunhar um pré-jogo, obviamente minha primeira ação é pesquisar o histórico dos confrontos e raríssimas, raríssimas mesmo, são as vezes em que a história não demonstra superioridade flamenga. Essa é uma delas. Essa ventinho metido a besta consegue desorientar nosso scratch quando vamos ao Paraná e a coisa normalmente fica incômoda por lá.


Considerando que o momento não é nada propício para um empate, muito menos uma derrota, mesmo como visitante, está bem na hora dO Mais Querido quebrar esta escrita e mostrar que rubro-negro por rubro-negro, o carioca tem mais futebol! Diferente dos bravos cientistas caçadores de furacões, nós podemos além de caçá-los, aniquilá-los! El Pollo já incorporou o espírito e espero que contagie a equipe inteira.


Luxa priorizou a coletividade e a velocidade nos treinos desta semana. Teremos a estreia de Junior Cesar e tudo leva a crer que Wanderley começará como titular. Negueba não viajou com o time Sub-20 e também está à disposição do Pofexô. Na defesa - e no geral - é bom ficar de olho nas bolas aéreas do adversário. Não podemos dar bobeira, não temos direito a tal luxo. A hora é de sufocá-los, tão intensa e implacavelmente, que se anule a sua pseudo-vantagem de supostamente jogar em casa.


A nós, aqui de fora, cabe mais uma vez fazer a nossa parte. Hora de mostrar a força da Nação, de uma torcida de verdade, que entra em campo sempre e a cada jogo, que não tem camisa com cheiro de naftalina e que faz com o Mengão jogue em casa em qualquer canto desse meu Brasil! Pra cima deles, Mengão! Vai ser uma delícia acalmar essa ventania!




Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Saldo da Festa

A festa foi linda no último domingo. Festa que, a despeito da desorganização e do Engenhão, só a Nação mais linda do mundo sabe fazer. Não foi a primeira vez que o Flamengo levou 40.000 torcedores ao estádio e nunca havia visto tamanha falta de respeito ao torcedor. Cheguei com uma hora de antecedência e só consegui chegar às arquibancadas segundos antes da entrada do time em campo, quase perdendo a chance de participar do mosaico que hemenageava Petkovic. Não consigo entender quem ganha com tais mandos e desmandos. O torcedor só perde.


Pet fez sua parte enquanto esteve em campo. Mostrou o melhor do atleta que conquistou a torcida em suas duas passagens pelo Mais Querido. Fez de tudo um pouco, incluindo dois lançamentos primorosos, para Ronaldo e Wanderley, deixando esse segundo na cara do gol. Mas digo e repito, Wanderley não funciona como titular. Parece que precisa do banco para lhe colocar sangue nos olhos de forma que faça alguma diferença quando acionado no decorrer do jogo. Um excelente reserva. Ele ainda não é mais do que isso. Mas o que fazer, com quem começar? Diego Maurício, excelente capacidade técnica e senso pífio de coletividade; Negueba, a personalização da inconstância e inexperiência; e o Deivid… bom é o Deivid.


A solução paleativa para esse ataque capenga tem sido o entrosamento entre Thiago Neves e Ronaldinho. E como sentimos a falta do Thiago neste domingo. Sem Thiago, Ronaldo parece não confiar no resto da equipe, querendo resolver sozinho e, com a marcação no seu pé, ele nada consegue além de parecer atabalhoado. Uma pena porque acho que Bottinelli evolui a cada jogo e precisa entrar nesse carrossel de entrosamento também. Resta ainda saber se, uma vez cortado da seleção, a motivação, disciplina e comprometimento de Thiago Neves continuarão em alta no Mengão.


Também parece que ganharemos – finalmente – efetividade na lateral esquerda. Junior Cesar mostrou vontade nos dez minutos que atuou e encheu de esperança o coração rubro-negro. No outro lado, Léo Moura parecia alheio ao jogo, fora de ritmo talvez, uma vez que ficou de fora das duas últimas partidas. Não posso deixar de falar o quanto me irrita essa aparente falta de comprometimento do lateral. Titular absoluto, não quer mais nada da vida e o Flamengo fica à mercê do seu humor.


Do meio para trás segue a zona morta. Willians continua previsível com suas roubadas de bola fantásticas e seus cartões amarelos desnecessários. Renato recuado compromete um pouco a marcação, mas – graças a Deus! – ele mantém seu pé na forma. E seguimos esperando a confirmação da vinda do Airton, mais um volante. Enquanto isso, na zaga, é aquilo. Sem palavras. Aqui o nome do time muda de noma para o Inexplicável F. C.: o que foi o vacilo do David Braz no gol do Willian? O que falta para testar o Gustavo? Até quando ficaremos nas mãos desses palhaços que se dizem jogadores de futebol?


Bom, vem Atlético PR por aí. E acho bom o velho Luxa abrir bem o olho. Sequência de empates não faz bem a ninguém e tá cheio de gente querendo publicar: “Crise! Flamengo no olho no Furacão!” Sai uruca!


Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

domingo, 5 de junho de 2011

Nós na DesPETida

Uma visão diferente do Mosaico da despedida de Dejan Petkovic: lá de dentro, participando do mosaico!






Emoção indescritível!

sábado, 4 de junho de 2011

Pode vir achando que é festa

"Vamos esquecer a festa e jogar pelos três pontos." Foi o que disse Vanderlei Luxemburgo esta tarde. O jogo é sim especial, festivo até e nosso Gringo merece todas as homenagens. Mas a festa será ainda mais completa se no fim conquistarmos os 3 pontos do jogo, certo? Assim, vamos tentar deixar um pouco de lado toda a emoção do momento e nos esforçar para focar na partida em si.


A estrela do dia vai começar jogando no lugar de Thiago Neves. Apesar de não aproveitado na temporada, Petkovic tem treinado disciplinadamente desde o fim das férias e creio não haver nenhuma dúvida sobre sua forma física. A grande incógnita na verdade seria quanto tempo ele deve aguentar mas sabemos o quanto o atleta é obstinado e assim, quando ele quer algo, ele consegue. Com um pouquinho de seriedade, dá pra esperar um bom jogo com essa formação. Egídio segue na posição por mais essa partida e nunca pode esquecer de reforçar as promessas para que São Judas interceda na nossa zaga e faça com que Wellington e David Braz incorporem o espírito-egídio-de-brigar-pela-posição-ameaçada.


Do lado de lá da Dutra, apesar da melhor posição na tabela, a Mulambada Genérica anunciou que trará o $heik para o banco de reservas. Sabe-se lá a intenção de Tite & Cia com isso. Nada contra a iniciativa deles de montar a Movimento Gambazeiro de Aproveitamento de Refugos do Mengão Melhor do Mundo. Os caras se empenham e eu respeito isso (teve até um cara que superou as expectativas quando, em vez de uma cotovela, mandou tiro no companheiro! aí já é meio demais, não?). Bom, na prática, depois dessa semana movimentada pelas bandas de lá, de prático mesmo quase mais nada se sabe, uma indefinição só e um climão esquisito com direito a treino secreto e o escambal. Mas atenção: todos sabemos - das aulas de biologia ou mesmo dos desenhos animados - que é quando estão mais agitados que o gambás expelem sua fedentina.


Mas Timão de verdade aqui é o Mengão, com vários Ts maiúsculos: temos Time, Técnica eTalento superiores a esses gambás sem personalidade e podemos sim acabar com o jogo antes que eles se lembrem porque acordaram neste domingo. Podem vir achando que vai ser fácil porque é festa e etecetera e tal, mas vão quebrar a cara bonito e, se voltarem rapidinho pro lado de lá da Dutra, ainda podem pegar o enterro dos ossos do churrasquim da torcida no... Itaquaquecetubão? Itapeciricão? Itaporangão? Ah, aquele lugar lá...


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O objetivo está traçado. E agora?

Nesta semana, após o empate contra o Bahia, pipocou na mídia que a meta do Mengão para o Brasileiro 2011 é de 7 pontos a cada 3 partidas. Logo em seguida vi torcedor reclamando que tal meta deveria ser de 9 pontos, vencendo a tudo e a todos, mas convenhamos que essa meta é sim bastante ousada. Seriam 88 pontos ao fim do Brasileirão (os últimos 3 Campeonatos Brasileiros foram conquistados com 75, 67 e 71 pontos, respectivamente) e, além de não considerar nenhuma derrota, ainda aponta para vitórias em um terço das partidas como visitante.


Obviamente, para ousar transformar essa meta em realidade, é preciso completar o elenco primordialmente com uma zaga confiável. As frequentes viagens de Wellington ao céu e ao inferno aliadas à inexperiência de David Braz nos transformam num indigesto queijo suíço. Ter Jean na reserva também não está nem perto de ser animador. Aparentemente o Luxemburgo não confia no Angelim devido à sua idade ou sei lá o quê (apesar de tê-lo explorado fazendo experimentos com o Magro de Aço na esquerda) e ele tão pouco se pronunciou sobre uma oportunidade para o jovem e corpulento Gustavo, recém chegado à Gávea e doido para mostrar serviço. Mas o fato é que não dá para fazer nenhum planejamento sem resolver essa peneira que é frágil a zaga do Mengão.


Tudo bem que repetir 2009 – quando simplesmente fizemos mais gols do que tomamos – nem seria tão ruim assim considerando a conquista do Hexa no fim das contas mas, uma vez acertando a zaga, acho totalmente viável chegar perto de cumprir tal meta e conquistar o Hepta com um pouco mais de conforto e menos calculadora. Aparentemente a nulidade da lateral esquerda já foi eliminada com a chegada de Junior Cesar e com o Egídio acordando para a vida. Também o nosso farto meio de campo melhorou muito com o Botti embalado, ganhando confiança, mas ainda nos resta a preocupação com o fantasma dessa “confiança” total e irrestrita que Vanderlei Luxemburgo insiste em ter no apatetado Fernando.


Também é óbvio que um legítimo camisa 9 nos faria um bem danado. Duvido que alguém questione essa afirmação mesmo considerando os 7 gols feitos nas duas primeiras partidas, mas convenhamos que as zagas opositoras eram tão tristes quanto a nossa própria. E aqui, obviamente, faz-se necessário citar o Deivid – ele mesmo, o atacante que desaprendeu a golear – que tem 75% de seu salário bancado por patrocinadores. Não adianta acreditar em fadas: só isso explica sua escalação por mais descabida que pareça. É preciso desfazer esse imbroglio, com urgência.


No próximo domingo rola a despedida oficial de Dejan Petkovic, que merece o meu respeito pelas suas duas passagens no Mengão. Não vou entrar no mérito de festividade em jogo do calendário regular, vida que segue. Mas não teremos Thiago Neves e, tudo indica que o sérvio entrará em seu lugar. Independente do motivo, lugar de Rubro-Negro é no Engenhão. Ainda dá tempo de garantir o ingresso e, a nossa parte, a Nação deve cumprir. Sempre!


Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ingressos: falsos ou verdadeiros

A Cristina Dissat, do Blog Fim de Jogo conversou com o Diretor de arrecadação do Flamengo e com representantes da BWA para mostrar como é simples identificar quando um ingresso falso de jogos do Flamengo for parar em suas mãos. Além. obviamente, de não comprar com cambistas, existem dois pequenos macetes que podem nos proteger dos golpistas.


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Obrigada, Cris, por mais essa dica imperdível!