sexta-feira, 3 de junho de 2011

O objetivo está traçado. E agora?

Nesta semana, após o empate contra o Bahia, pipocou na mídia que a meta do Mengão para o Brasileiro 2011 é de 7 pontos a cada 3 partidas. Logo em seguida vi torcedor reclamando que tal meta deveria ser de 9 pontos, vencendo a tudo e a todos, mas convenhamos que essa meta é sim bastante ousada. Seriam 88 pontos ao fim do Brasileirão (os últimos 3 Campeonatos Brasileiros foram conquistados com 75, 67 e 71 pontos, respectivamente) e, além de não considerar nenhuma derrota, ainda aponta para vitórias em um terço das partidas como visitante.


Obviamente, para ousar transformar essa meta em realidade, é preciso completar o elenco primordialmente com uma zaga confiável. As frequentes viagens de Wellington ao céu e ao inferno aliadas à inexperiência de David Braz nos transformam num indigesto queijo suíço. Ter Jean na reserva também não está nem perto de ser animador. Aparentemente o Luxemburgo não confia no Angelim devido à sua idade ou sei lá o quê (apesar de tê-lo explorado fazendo experimentos com o Magro de Aço na esquerda) e ele tão pouco se pronunciou sobre uma oportunidade para o jovem e corpulento Gustavo, recém chegado à Gávea e doido para mostrar serviço. Mas o fato é que não dá para fazer nenhum planejamento sem resolver essa peneira que é frágil a zaga do Mengão.


Tudo bem que repetir 2009 – quando simplesmente fizemos mais gols do que tomamos – nem seria tão ruim assim considerando a conquista do Hexa no fim das contas mas, uma vez acertando a zaga, acho totalmente viável chegar perto de cumprir tal meta e conquistar o Hepta com um pouco mais de conforto e menos calculadora. Aparentemente a nulidade da lateral esquerda já foi eliminada com a chegada de Junior Cesar e com o Egídio acordando para a vida. Também o nosso farto meio de campo melhorou muito com o Botti embalado, ganhando confiança, mas ainda nos resta a preocupação com o fantasma dessa “confiança” total e irrestrita que Vanderlei Luxemburgo insiste em ter no apatetado Fernando.


Também é óbvio que um legítimo camisa 9 nos faria um bem danado. Duvido que alguém questione essa afirmação mesmo considerando os 7 gols feitos nas duas primeiras partidas, mas convenhamos que as zagas opositoras eram tão tristes quanto a nossa própria. E aqui, obviamente, faz-se necessário citar o Deivid – ele mesmo, o atacante que desaprendeu a golear – que tem 75% de seu salário bancado por patrocinadores. Não adianta acreditar em fadas: só isso explica sua escalação por mais descabida que pareça. É preciso desfazer esse imbroglio, com urgência.


No próximo domingo rola a despedida oficial de Dejan Petkovic, que merece o meu respeito pelas suas duas passagens no Mengão. Não vou entrar no mérito de festividade em jogo do calendário regular, vida que segue. Mas não teremos Thiago Neves e, tudo indica que o sérvio entrará em seu lugar. Independente do motivo, lugar de Rubro-Negro é no Engenhão. Ainda dá tempo de garantir o ingresso e, a nossa parte, a Nação deve cumprir. Sempre!


Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

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