quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mais um final...

Eu bem que estava já me preparando para encher este espaço (e a paciência de vocês) depois do período turbulento que passei nos últimos 2 meses, mas não vai rolar. Como o Jefferson já colocou, este espaço será desativado em breve e, assim, teremos que destilar nossa flamenguice por outras bandas.

Nesse período de férias e pré-temporada é quando mais gosto de falar do Flamengo. É o exercício do rubronegrismo em sua forma mais pura, compartilhando casos, fatos, contos de arquibancada, memórias, histórias e estórias. Tratar apenas da paixão que nos enche o peito. Assim, como só o que posso fazer pelo nosso Mengão (pelo menos agora) é me esforçar com as letras, seguirei fazendo isso no Bola Pra Quem Sabe e no twitter, respondendo pela alcunha de @claudiasimas. Será um enorme prazer revê-los por lá

Por ora, me resta agradecer a acolhida e a companhia de todos e principalmente ao Jefferson, que segurou a onda do Blog no momento mais difícil da minha vida. Desejo a todos um Natal maravilhoso e um 2012 fantástico.

Como um pequeno presente de despedida, deixo vocês com um trecho de uma de minhas crônicas preferidas de José Lins do Rego.

"O Flamengo, como todos os clubes desta cidade, é um elemento de preparação do espírito nacional. E mais do que qualquer um vive, por todos os recantos do Brasil, nos entusiasmos de seus adeptos que são uma verdadeira legião.

Se há um clube nacional, este será o Flamengo, criação do mais legítimo espírito de brasilidade. Flamengos são brasileiros de todas as cores, de todas as classes, de todas as posições. Flamengo é o senhor Eurico Gaspar Dutra, é o senhor Nereu Ramos, é o senhor Juraci Magalhães, é o meu rapaz do jornal, é o meu apanhador de bolas de tênis, é o Grande Otelo, é o pintor Portinari, é o Brasil de todos os partidos."


Foi uma grande honra e um enorme privilégio compartilhar este espaço com vocês.

Um grande abraço e até breve!
 
Nota: Publicado originalmente no O Mais Querido.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Fim de temporada



Há uma semana o céu ficou mais rubro-negro. Depois de um mês de intensa luta contra uma pneumonia e suas subsequentes complicações, quis o bom Deus que minha mãe deixasse esse mundo e o fizesse companhia. A bandeira vermelha e preta, com o símbolo do Remo, emoldurada da sala de estar em Duque de Caxias, objeto de desejo de tantos visitantes, agora é oficial e um tanto dolorosamente minha. O coração está triste, a saudade já toma conta e sigo fazendo uma força hercúlea para tocar a vida. E é justamente esse processo de retomada, que me traz hoje aqui. 

Comecei o ano de 2011 assinando todo texto meu com a frase "2011 é tudo nosso". Esqueci de combinar isso com o pofexô que, humilde, só queria a vaga na Liberta. Se uma palavra resume esse ano é irregularidade. Todo o potencial de um time de milhões foi vergonhosamente subutilizado dentro e fora dos campos. Transformou-se num time que no decorrer do ano retribuiu a minha confiança e a da Nação com uma junção infeliz de fatores: falta de compromisso dos jogadores, arrogância do treinador e comissão técnica e omissão da diretoria. Vimos apresentações desastrosas em vários níveis, com raríssimas demonstrações de razoável futebol. Correria desorganizada de uns, apatia de outros, equívocos no posicionamento e um excesso inexplicável e inaceitável de passes errados. E assim, o elenco que no papel tirou o sono de muito adversário Brasil afora, acabou por ambicionar apenas a vaga para o torneio continental. 

Na véspera da última rodada, ainda sem a certeza da vaga na Libertadores, somos coadjuvantes na disputa do título. Dependendo do jogo dos paulistas, podemos até ser promovidos a antagonistas nessa novela, mas isso é tudo o que podemos ser: um mero antagonista. O que espero para amanhã? Que façamos nossa parte como Flamengo que somos. Porque os elencos, comissões e diretorias passam mas o Flamengo fica. Amanhã, alguém entra para a história como novo pentacampeão. Queria ver amanhã em campo o Flamengo rolo-compressor, alheio a pontos, a tabela, a possibilidades e interessado apenas em mostrar que, coadjuvante ou antagonista, quem manda no Engenhão é o rubro-negro e o Campeonato Brasileiro e 2011 não vai se concluir sem a participação do nosso Mengão. 

Nota: Publicado originalmente no O Mais Querido.