quinta-feira, 30 de junho de 2011

Xô Uruca!

Invencibilidade a parte, parece que finalmente superamos a uruca de empates no Mengão. Tá bom, não era bem uruca, tratava-se mais da própria incompetência, mas junto com o 4-2-3-1, aparentemente enterramos a incômoda e indesejável fase de empates do início do Brasileirão. Lançando mão do bom e velho 4-4-2 que no decorrer das duas últimas partidas vira um efetivo 4-3-3, Vanderlei Luxemburgo aparentemente vai acertando a equipe.


Pontos positivos:


- Junior Cesar se firmando no time e dando tranqüilidade na esquerda;


- A posição de primeiro volante devidamente firmada pelo jovem Luiz Antônio enquanto esperamos a estreia do Airton;


- “Deivid, o Injustiçado” vem melhorando seu posicionamento e, consequentemente, seu desempenho. A propósito, não adianta xingar a torcida, meu caro. Faça a sua parte e siga a vida. Não quer pressão? Fica no PlayStation, ok?


- A entrada de Bottinelli no lugar do amarelado Willians foi fundamental para a virada. Acho que ouvi a torcida gritando “burro” das arquibancadas para a substituição. Eu, no entanto, achei a mudança realmente uma jogada inteligente do Luxa. Além da participação do armador ter sido primorosa com dois chutes e um passe sensacionais em pouco mais de 15 minutos, estávamos com um a mais e a saída do Willians nos economizou uma expulsão (que fatalmente aconteceria se considerarmos os critérios de compensação adotados pela arbitragem) e garantiu a participação do volante no jogo contra o São Paulo.


Pontos Negativos:


- Léo Moura não acompanha a evolução do entrosamento da equipe. Não mostra a mesma motivação do resto do grupo, se enfia demais pelo meio abandonando a lateral e, para piorar só se apresenta quando o time mostra alguma tranquilidade no placar, ou seja, quase não apareceu no Brasileirão. Parece que não quer despentear o moicano. Até quando, meu senhor?
- Também não dá para falar de ponto negativo e não chover no molhado. A zaga rubro-negra é uma piada, para não dizer uma “comédia pastelão” ou um “drama shakespeareano” daqueles em cujo final a morte é certa. Wellington tentou com empenho, mas falhou em fazer seu gol contra. Angelim é infinitamente melhor do que David Braz, mas é lento e não pode jogar sozinho para compensar a deficiência técnica do Wellington. Sigo confiante, mas não posso negar que tenho sérias dúvidas se a chegada de Airton vai atenuar essa situação.


Mas como eu disse no início, o conjunto evoluiu. Ronaldinho passou misteriosamente a funcionar. Tanto ele quanto Thiago Neves podem resolver uma partida. A diferença entre os dois é que, aparentemente, Ronaldinho é a referência para a equipe. Se Thiago está bem ou mal o grupo praticamente não sente, mas o mesmo não se aplica ao Dentuço. Essa dependência me assusta um pouco, mas por hora, vou deixar quieto.


Nota: Publicado Originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

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