terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não tem folga para a Paixão!

Perdi num incidente doméstico o exemplar de "Flamengo é puro amor" que ficava na mesinha de cabeceira e funcionava como uma dose diária de Flamenguice. Fiquei temporariamente órfã do lirismo de Zé Lins, um de meus favoritos. Decidi, por conta disso, revisitar as três partes da nossa entrevista com Roberto Assaf. Rubronegrismo puro e aplicado, aliás, imperativo a todo aquele que ama O Mais Querido. Com tanta renovação, o velho Luxa bem que podia passar esses vídeos para alinhar o espírito do nosso scratch, sejam os garotos ou os marmanjos. Eles precisam saber exatamente o quanto de história eles carregam ao entrar em campo com oCRF no peito. Porque nós, aqui da arquibancada, nunca esquecemos.


Porque você e eu, de coração, corpo e alma Flamengos, não precisamos de dia de jogo ou de vitória para exibir o Manto. Precisamos só existir, só respirar, ou melhor, só inspirar. Porque o rubro negro não respira, inspira. Acorda inspirado e parte sem medo pro abraço no batente de todo dia. Hoje é quarta-feira e não tem jogo do Mengão. Folga providencial para ajustar a zaga (remontar ou reforçar deveriam ser as palavras usadas aqui, mas é mera utopia no curto prazo), retrabalhar a armação da equipe (um tanto bagunçada com a entrada das estrelas e a subsequente e já esperada falta de entrosamento da equipe com eles) e seguir ajustando o foco para o topo das tabelas. Enquanto eles trabalham lá, nós seguimos daqui, urubuzando. Acompanhando cada detalhe, respirando ansiedade com a promessa de uma grande temporada.


Porque é isso que fazemos
É para isso que vivemos
Para respirar Flamengo não importa o dia
Para apoiar o Mengo na tristeza ou na alegria
Não temos escolha,
E se tivéssemos, nada mudaria.
O Flamengo que é o maior do mundo
O Flamengo que é maior que tudo
Não merece sentimento menor.
Não merece mesquinharia.
Só serve o amor total,
"Amar, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante"*

E tentar ser humano por inteiro
Sem viver tal deferência
Sem morrer de gritar Mengo
É desperdiçar toda uma existência.

*Com licença do Poetinha.

Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

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