quarta-feira, 16 de junho de 2010

Acabou o Amadorismo

Enquanto o mundo mantém fixos seus olhos exclusivamente nas sedes da Copa do Mundo da África do Sul, os corações rubro-negros voltam suas atenções para o nosso próprio cantinho.


Nesta semana começa a gestão de Artur Antunes Coimbra à frente do Futebol Rubro-Negro. A Nação ainda está eufórica, em total estado de graça com a volta do Galinho, inclusive eu mesma, mas todos sabemos que sua missão não vai ser fácil. Porque nada no Flamengo é fácil. A torcida – pelo menos a minha – é pela unidade acima de tudo. Pelo respeito ao que Zico representou e representa para o Mengão.


Nestes primeiros dias de trabalho, ele já demonstrou que pretende conduzir a gestão na conversa, ou melhor, usar o diálogo como sua principal ferramenta de trabalho. Chegou conversando muito com jogadores, comissão técnica e com a imprensa. Deu a entender que Rogério fica e que os contratos devem e irão ser cumpridos. Pretende, além de um segundo nome forte para gerenciar o futebol ao seu lado, priorizar o ataque do time na reposição do elenco.


A palavra de ordem é postura. “Para estar no Flamengo, tem que querer jogar”, diz o Galo ao exaltar a dedicação de Vagner Love para permanecer no Clube. O discurso é de profissionalismo total. Para trabalhar com ele tem que querer atuar no Mengão e cumprir os compromissos com o clubes.


Simples, não? Não é assim no nosso dia a dia? Temos que cumprir os horários e honrar os termos do contrato de trabalho que assinamos. Precisamos “vestir a camisa” da empresa onde trabalhamos. Não só mostrar serviço, mas é mostrar total devoção ao nossos clientes, chefes e companheiros de trabalho. De outra forma, tchau. A porta da rua é cortesia da casa para qualquer um pobre mortal.


Nenhum trabalho é fácil e ser jogador de futebol no Flamengo é muito mais do que um sonho um pessoal: reflete no amor de toda uma Nação. Como dizem web afora: não é para fracos.


Não vejo grandes prejuízos em acirrar um pouco a disciplina. E acho que não vai demorar muito tempo para que alguns comportamentos comecem a ser tratados com o devido rigor. Uma coisa é um jogador despontar como liderança. Outra coisa é o jogador achar que é o dono da bola, irritar-se e fazer birrinha com tudo e com todos e querer ser respeitados por mandos e desmandos. Se eu me chamasse Bruno, eu abriria meus olhos e fecharia minha boca.


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

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