Já disse aqui antes que "Flamengo é Puro Amor" há muito é meu livro de cabeceira. Assim, não tenho como não me emocionar com as homenagens da última segunda feira na Academia Brasileira de Letras que concedeu pela primeira vez na história a Medalha Machado de Assis a um jogador de futebol. Quis o destino - e a oportunidade - que tal regalo fosse concedido a Ronaldinho Gaúcho, o quase Carioca, por tantas alegrias que ele tem dado ao povo, deixando para trás tantos outros ídolos talvez tanto ou mais merecedores. Mas como eu disse, havia uma oportunidade: os 110 anos do nascimento do imortal José Lins do Rego, o acadêmico de duas paixões, a literatura e o futebol. E acima de tudo o Flamengo.
"Amo o Flamengo como se fosse um pedaço da terra onde nasci", dizia Zé Lins. E entendemos bem o tamanho, a importância dessa declaração. E outros bambas das letras também nos ajudam a entender. Mario Filho, por exemplo: "Por que o Flamengo tornou-se o clube mais amado do Brasil? Porque o Flamengo se deixa amar à vontade." Se for para apelar, evoco Nelson Rodrigues, o respeitado tricolor que por várias vezes rendia-se sem pudor ao magnetismo do Flamengo. A opção da ABL de levar o povo para a Academia através do Flamengo, foi prevista pelo dramaturgo há anos atrás: "Se Euclides da Cunha fosse vivo teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história do povo brasileiro", comprovando que é impossível desvincular a expressão "povo brasileiro" de Flamengo.
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