quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Um ano de Pura Magia

Já fiz retrospectiva. Já disse e redisse o que achei de 2010. Não pretendo encher o saco de vocês remoendo o pó desse ano semimorto paupérrimo de resultados. A hora é de reflexão lá pelas bandas do Ninho do Urubu e, pelo menos segundo Maldonado, o foco já está sendo recuperado. O que eu quero mesmo, agora, do fundo deste coração rubro-negro, é exaustar algumas coisas que fizeram de 2010 um ano extremamente especial para mim. Esse ano não foi conturbado apenas para o futebol do Flamengo. Minha vida foi sacudida com mudança de emprego e de cidade ao final de 2009 e não digeri nada disso muito bem durante esses últimos 12 meses. Mas justamente no turbilhão dessa expectativa toda, veio o convite de colaborar com oMagia Rubro-Negra.


Eu me lembro exatamente da euforia que me assolou enquanto ouvia a voz mansa do@fabiojusttino ao celular fazendo o convite. “Não acredito que esses caras me querem com eles! É o MAGIA, caramba!”, eu pensava repetidamente, “será que eu dou conta?” Comecei devagar, como convidada, totalmente intimidada pela responsabilidade. Meu primeiro texto foi às vésperas do Hexa, exaltando a seriedade com que elenco e comissão técnica estavam conduzindo os prepativos para o último jogo de 2009. E lhes convido a recapitular comigo alguns desses momentos.




Com Fernando Holanda e Fábio Justino à espera do início de Flamengo x Grêmio (06/12/09 - Foto de Bruno Cazonatti)




Filha de um tricolor apaixonado, escrevi sobre o Fla-Flu (aquele, de fevereiro), o principal clássico mundial em minha humilde opinião. Confiei cegamente na conquista da Libertadores (demonstrando isso por mais de uma vez). Busquei inspiração em ícones do passado, como Maria Lenk, nos heróis do Primeiro Título Brasileiro e até nos “simples” números desses 98 anos de história do futebol Rubro-Negro.


Falei do meu avô, falei de amigos, falei da Charanga, falei de Zé Lins, falei daNação (esse, áliás, foi um dos textos que mais gostei de escrever). Fiz alguns pré-jogos e, entre eles, destaco o do dia em que enfrentaríamos o Corínthians no returno do Brasileirão. Acompanhei os bastidores de momentos fantásticos desta equipe que ama o Flamengo acima de tudo e vibrei com eles, apesar da distância. O ponto alto dessa mágica retrospectiva: o convite para participar, com um texto inédito, dolançamento da Cápsula do Tempo e do Museu Flamengo. Chorando, escrevi um dos textos mais importantes da minha vida (não o mais belo deles, infelizmente), ciente de que o amor que herdei do meu avô havia, graças ao Magia Rubro-Negra, sido notado pelo nosso Flamengo!


Peguei o ritmo sim, porém sigo intimidada, convencida de que nem o Flamengo nem o Magia merecem palavras vãs ou testemunhos meia-boca. Mais intimidada me sinto ainda – até hoje – quando chega o aviso de que existe um novo comentário no post e agora, ao fim do ano, porque vejo em cada linha desses comentários, um rosto conhecido. Pessoas que saíram das telinhas de comentários, de trás dos avatares, arrobas ou emails, diretamente para a minha vida e para o meu coração. Amigos que terei para toda a vida. E novamente, graças ao Flamengo e ao Magia. Sigo intimidada sim, pelo respeito à grandiosidade dos dois, mas sobretudo motivada pelo carinho, pelo reconhecimento e pela certeza de que esse foi o primeiro ano de muitos. Por tudo isso, cada linha escrita, cada feedback recebido e cada novo amigo conquistado, eu serei sempre grata a 2010.


Que venha 2011 com suas novas emoções! E o que peço a ele? Apenas a volta do futebol! Muita raça, muita vontade e, sobretudo, muito amor e muito respeito ao Manto Sagrado. Meus novos amigos e eu merecemos. E cobraremos!


Um excelente e fantástico 2011 para cada um de vocês e suas famílias e até 2011!


Nota: Publicado originalmente no Magia Rubro Negra.

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