terça-feira, 2 de agosto de 2011

Foram me chamar...

É com muita honra e com enorme prazer (além um indescritível frio na barriga) que me apresento para vocês. Meu nome é Cláudia Simas e, a partir de hoje, passo a fazer parte da nova dupla de titulares que vai dividir com vocês esse valioso espaço de puro rubro-negrismo. Adoro futebol e sou alucinadamente apaixonada pelo Flamengo desde que me entendo por gente. Na grande rede, vocês podem encontrar meus pitacos no Bola Pra Quem Sabe e nos arquivos Magia Rubro-Negra. Confesso que só de pensar em assumir este blog, por onde já figuraram ilustres rubro-negros como Clément Izard, Fábio Justtino e, mais recentemente, o próprio Luis Eduardo, me toma um calafrio que só perde em intensidade para aqueles que costumamos sentir às vésperas de final de campeonato.


Peço licença a vocês porque não posso iniciar mais essa empreitada em vermelho-e-preto sem falar do meu avô, o “Seu Beleza”, pai da minha mãe - que também é rubro-negra. E sempre que apresento meu avô eu pergunto: o que esperar de um sujeito com um apelido desses? Pedreiro, batalhador, patriarca apaixonado, avô carinhoso... Um figuraça, conhecido e respeitado por todos na vizinhança. Ele viu o primeiro Tri-Campeonato Carioca (42/43/44) com Mestre Ziza, Domingos da Guia e companhia. Também viu o segundo tri (53/54/55) com Zagallo e testemunhou a estréia do Galinho em 72. Com ele aprendi a amar esse clube, campeão na terra e no mar! Ele respirava Flamengo. Vivia o Flamengo. Sorria e chorava com o Flamengo num tempo em que o futebol era muito mais do que 11 marmanjos querendo ser exportados para a Europa ou para o Oriente. Com tanta flamenguice, não tinha como ser diferente: eu já era rubro-negra mesmo antes de nascer.


De lá pra cá, posso dizer sem medo de errar que cada episódio da história do Clube de Regatas do Flamengo acrescenta algo à minha própria história. Sei que é assim também para cada um de vocês. Afinal, temos o privilégio de torcer pelo Mais Querido e com isso, vivenciar todas as emoções e todo o orgulho que só ele nos oferece, dentro e fora dos gramados, quadras, piscinas e lagoas mundo afora. E se o rubro-negro normalmente já é sujeito orgulhoso, com esses últimos resultados quem é que segura esse povo a celebrar o futebol “raçudo” que tanto valorizamos? Difícil, hein.


Pois bem, já falei demais para esse primeiro encontro. O lance aqui não é falar de mim, e sim do Mengão! O clima é bom, o momento é excelente e tende a melhorar (com a chegada do Alex Silva à zaga), mas o pensamento agora está voltado para a tal raposa que, cá pra nós, já foi mais arisca. Se o elenco não entrar no oba-oba da torcida (que já esgotou sua fração de ingressos para o jogo de amanhã), o Mengão traça essa caça sem grandes dificuldades.



"Lutemos sempre com valor infindo
Ardentemente com denodo e fé
Que o teu futuro ainda será
Mais lindo,
Que o teu presente,
Que tão lindo é"
Nota: Publicado originalmente no O Mais Querido.

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