quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tá é bom demais!

Falar do jogo de ontem vai ser uma das tarefas mais simples desde que me meti a blogueira do mundo da bola: um primeiro tempo de dar pena dos braços do sofá de tanta pancada que o pobre levou e um segundo tempo redentor com a entrada da “Tropa de Elite Osso Duro de Roer” rubro-negra. O rubro-negro definitivamente não curte a Sulamericana e fez da partida de ontem o mais vazio dos jogos do Mengão na temporada. Além de não curtir o torneio em si, a incerteza de ver ou não o time completo que vem fazendo toda a diferença no Brasileirão em campo afastou o público da tentadora oportunidade de chegar em casa pra lá de 1 da madruga em pleno meio de semana. De qualquer forma, vimos de tudo um pouco ontem e podemos tentar arriscar algumas considerações não tão conclusivas assim.


O time titular está cada vez mais redondinho. Para brincar de time misto o Luxa vai ter que queimar bastante a mufa. Sem Ronaldo, Thiago Neves, Renato e Willians ao mesmo tempo, o Mengão simplesmente não funciona. Fato. O Furacão ontem estava mais para brisa e nem assim nossos reservas conseguiram evoluir com alguma eficiência. Luiz Antonio, sem jogar desde o jogo contra o Santos, voltou no mesmo pique, com bastante personalidade, sem medo de ousar, mostrando serviço (ou qualquer outro clichê que você queira encaixar aqui) e segue encantando cada vez mais a todos. Jael, em sua primeira partida inteira, mostrou disposição e versatilidade dando muito mais trabalho ao adversário do que o cascudo Kleber Santana à nossa zaga. E, falando em zaga, o zagueirão Gustavo, depois do nervosismo dos primeiros minutos, mostrou quando foi necessário que seu tamanho é sim documento e que temos sim – finalmente, felizmente, salve, salve, aleluia! – alternativa para o patético Wellington.


Com a indiscutível inoperância do nosso esburacado plantel, Luxemburgo – que tem na Libertadores um de seus objetivos pessoais – resolveu não arriscar mais, lançou mão da artilharia pesada e, aos dez minutos do segundo tempo, o jogo voltou ser de gente grande. Minha única ressalva foi para a saída do Luiz Antônio e a permanência do Bottinelli que ontem não estava em seus melhores dias. Com o Renato no banco, el Pollo era nossa opção para, entre outras funções, surpreender com chutes de fora da área. Ele bem que tentou, mas parecia estar com a cabeça “nos aires” e era constantemente desarmado. Aí você vai me dizer, “mas ele melhorou com a entrada dos três titulares!” e eu serei obrigada a concordar, mas terei que salientar que, a partir de então, a pressão lhe saiu dos ombros, os marcadores se preocupavam agora com R10 e TN7 e, assim, meu amigo, até eu!


Não posso deixar de falar da nossa lateral direita. Léo Moura piora a cada jogo. Ontem, tirando uma cobertura que deu para uma das raras falhas do estreiante Gustavo, ele não ajudou em nada. Pelo peso de sua experiência (que lhe rendeu a braçadeira de capitão por ocasião da aposentadoria do Pet e ontem, interinamente) não se esperava menos dele do que chamar para si a responsabilidade de fazer a diferença contra os reservas do adversário. Não só isso não aconteceu como ele cometeu muitos erros, alguns altamente bizonhos, durante toda a partida. Por mais que alguns torcedores lhe atribuam crédito e etc e tal, ele está cada vez mais longe de merecer se manter o “titular absoluto e incontestável” na direita.


Tenho que falar também que me chamou a atenção, e eu gostei bastante, da postura dos jogadores “estrelas” durante o tempo que ficaram no banco. Atentos, concentrados, comprometidos (essa é a palavra ideal) com o time inteiro: campo e banco. Postura de quem sabe que o objetivo maior é o sucesso da equipe na temporada e de quem tem confiança nas escolhas do treinador que, por sua vez, tem mostrado que seus “planos e estratégias” de médio e longo prazo (que eu mesma cheguei a desdenhar) não convenceram no Carioca “de resultados” mas estão dando frutos agora que o bicho tá pegando pra valer.


Concluindo, estou muito animada com as possibilidades que se apresentam para o Flamengo. Considerando que estamos falando apenas de futebol (técnica e opções táticas) e esquecendo a tendência manager do nosso “pofexô”, os acertos de elenco que faltavam estão aí, praticamente prontos e devem mostrar resultado muito em breve. Vislumbro uma zaga mais consistente com Angelim, Alex Silva e Gustavo (que merece ser testado mais vezes) e um ataque mais efetivo com a chegada do Jael quetem tudo para ser admitido à “Tropa de Elite Osso Duro de Roer”. Difícil não se empolgar com o conjunto que se forma e com as expectativas que se criam com ele. Fim da distância de oito pontos para o líder, único invicto, melhor ataque e o artilheiro do Brasileirão, há três jogos sem tomar gol e quebrando dois tabus em menos de uma semana, um no Brasileiro e um na Sulamericana. Tabu daqui, tabu dali, ta é bom demais!


Que venha o Figueira!

Nota: Publicado originalmente no Bola Pra Quem Sabe.

Um comentário:

fgghwmel disse...

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