domingo, 14 de agosto de 2011

Perdemos o foco

Antes de falar do jogo contra o Figueira, primeiro eu preciso agradecer a todos os leitores e leitoras do blog pela força e pelo carinho com que eu tenho sido tratada por aqui. Acho até que posso falar pelo Jefferson também. Este espaço é realmente especial, como tudo o que se refere aO Mais Querido, e cada comentário de vocês me tem servido de inspiração para escrever mais e melhor.


Falar do jogo de hoje está se mostrando mais complicado do que eu imaginava. Eu confesso que não estava muito intimidada pelo bom retrospecto recente do Figueirense e já contava com estes 3 pontos na nossa conta. E também acho que a equipe em si não entrou em campo com esse pensamento. Não ganhamos o jogo de hoje, não pelo pecado do “salto alto” ou porque não jogamos bem, mas porque nos deixamos envolver por adversário bem organizado que usava a mesma arma que temos usado nessa vitoriosa temporada: a posse de bola. Um artífício que o Figueira usou e abusou hoje foi a inversão de jogadas - recurso que eu acho subutilizado pelo Mengão - dificultando bastante a marcação e expondo o cansaço da nossa equipe.


Enquanto eles eram eficazes, nós éramos eficientes. Nosso primeiro gol foi lindo, começando e terminando com Deivid, passando por Thiago Neves, Ronaldinho e Léo Moura. Também foi o Deivid que, na dúvida se seria ou não gol olímpico do Gaúcho, entrou com bola e tudo para garantir um placar confortável com apenas 6 minutos do segundo tempo. Não retrancamos, não nos acomodamos, mas subestimanos o adversário até então ineficiente. Assim como habilidades individuais fazem a diferença para uma vitória, erros individuais também podem ser fatais. Hoje erraram Angelim e Felipe, respectivamente no primeiro e no segundo gol. E erraram muito os jogadores que perderam a cabeça reclamando do juiz em vez de jogar bola. O cara já começou errado ignorando dois lances seguidos no início da partida: a agressividade do Túlio na falta sobre o Thiago Neves e a falta assintosa recebida pelo Renato Abreu. Se era notória a predisposição do indivíduo para amarelar qualquer rubro-negro que chegasse perto dele, cada nova insistência de argumentação era, além de previsível e obviamente infrutífera, também improdutiva porque gerava uma inútil sensação de frustração ainda com a partida em curso o que certamente tirou o foco da equipe.


Assim, de prima, o empate cedido desceu amargo pra mim porque poderíamos ter superado a organização do Figueira se não tívéssemos perdido o foco culpando as lambanças da arbritragem. Fica mais essa lição a ser aprendida. Mas seguimos no topo com uma vitória de desvantagem, único invicto, melhor ataque e o artilheiro e o vice-artilheiro do Campeonato. Ainda somos a referência, o time a ser batido. Sigo confiante de que estamos no caminho certo e que precisamos mais do que nunca trabalhar com inteligência porque os adversários estão de olho nas nossas deficiências e certamente vão atacá-las assim que dermos abertura para isso. Mas eu sou mais o Mengão! Sempre! E um dos motivos está na foto a seguir. Quem mais no mundo tem esse poder?




[caption id="attachment_353" align="aligncenter" width="300" caption="Foto: globo.com"][/caption]

Nota: Publicado originalmente no O Mais Querido.

Nenhum comentário: